Psicodrama e Educação

Acreditando que o uso do psicodrama na educação e na escola, por intermédio de profissionais da psicologia, da pedagogia e de outras áreas interessadas possa ser de grande utilidade, construí este espaço virtual, na intenção de mostrar algumas facetas dessa interação. Desejo despertar no internauta o desejo de se aprofundar no conhecimento do profundo, amplo e sempre útil psicodrama, que por meio “da ação” me fez perceber a sua importância na minha própria formação.

10.12.06

Os quatro momentos de Moreno

Alguns autores dividem didaticamente a trajetória do pensamento de Moreno em quatro Momentos. Eis os dois primeiros momentos:

Até 1920

Religioso e Filosófico – Havia predomínio de temas relativos à existência, com influência religiosa do Hassidismo (proveniente do judaísmo) e das idéias de Kiekergard e de Bergson. Nesse período ele realiza teatro com as crianças, faz também trabalho com as prostitutas, chegando a facilitar a criação de um sindicato das prostitutas (1913-1914) e também realizou prestação de assistência a refugiados de guerra. Moreno demonstrava nesse momento uma inclinação pela simplicidade, uma busca harmoniosa na sua relação com Deus, mas já falava de espontaneidade, criatividade e de superação.


De 1921 a 1924

Teatral e Terapêutico – Há predomínio do tema do teatro em si. Nesse período ocorre a primeira sessão psicodramática oficial em 1921 no Komödien Haus de Viena, um teatro. Nesse momento, Viena atravessava um período de muita instabilidade política, pois no pós-guerra não havia nenhum líder, nenhum rei. Assim sendo, no dia 1º de abril de 1921, Moreno, dirigindo o teatro abre as cortinas e platéia dá-se de frente com um trono vermelho, semelhante a um trono real, com uma coroa em cima. Moreno propôs aos membros da platéia que se sentassem no trono e mostrassem como iriam reinar. O restante do público deveria julgar o aspirante a rei. Ninguém foi considerado apto a exercer tal cargo. Ainda nessa fase Moreno funda o “Teatro da Espontaneidade”. No seu entendimento, ele vislumbrava o teatro como um dotado de grande potencial catártico, mas achava que os textos não deveriam ser decorados, mas sim o ator seria autor e criador de sua história.

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