Histórico do psicodrama na escola
Desde as colocações de Moreno em: "O Psicodrama na educação" (publicadas originalmente em 1929 e republicado em: Moreno, 1987, p. 197-205), diversos psicodramatistas têm se dedicado ao desenvolvimento do psicodrama aplicado à escola. Dentre eles se destacou M. A. Romaña, que desenvolveu o "Psicodrama Pedagógico".
A proposta do psicodrama pedagógico de Romaña foi muito importante por representar o início da utilização da dramatização na escola. Mas sua utilização é restrita à finalidade didática, tanto que a sua proposta se destina à educadores. Atualmente, o uso do psicodrama na escola tem-se expandido para outras aplicações, adentrando na prática do psicólogo escolar, não somente do professor. Se entendermos a escola como composta por vários sub-grupos, podemos dividí-la em grupos de pais, de alunos, de professores, de gestores (orientadores, diretores), de apoio (serventes, bedéis), comunidade (amigos da escola, vizinhança...). O psicodrama tem sido aplicado a todos esses grupos descritos anteriormente, como revela a entrevista com Gessilda (da Sociedade Brasileira de Psicodrama) e como mostram os estudos de Paula (2006) que trabalhou com os alunos e seus pais, e Andrade (2002).
Mas a abordagem de Romaña tem ainda encontrado seus adeptos como o estudo de Borsato e Andrade (2000). Os estudos de Solange L’Abbate (1994) e de Ruiz-Moreno et al (2005) refletem essa tendência, aplicando o psicodrama à educação de profissionais de saúde, proporcionando reflexões desses profissionais sobre sua prática, sobre as relações hierárquicas entre outros assuntos. L’Abbate aponta a importância de se entender que a formação do profissional de saúde se reflete no atendimento ao usuário.
ANDRADE, A. S. (2002) “Sociodrama Educacional: Grupos de Professores, Alunos e Pais”. Revista da SPAGESP - Sociedade de Psicoterapias
versão sintética disponível em: http://gepsed.ffclrp.usp.br/socd-educ.pdf
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